quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Estória pra contar.


Ele olha de longe, ela finge nem notar. Ele passa e repassa sempre pelo mesmo lugar.Ela faz uma pesquisa intensa pelo mundo midiático tentando o encontrar, mas as coisas são mais fáceis do que qualquer um dos dois poderia imaginar.O trabalho aproxima as pessoas,não quero entender, prefiro só vivenciar. Salve, salve os telefones trocados! Salve, salve o jeito ousado e a mensagem que o músico resolveu mandar. Graças a ele, ela tem algo verídico para postar.Graças a ele, ela se sente importante, mesmo por motivos bobos, pelo simples motivo de ele a admirar.

Por Dara Bandeira

domingo, 20 de setembro de 2009

Bem além das palavras.


Aturdida, sem sentido ainda não sei para onde vou. Sei que vou me situando, eu vou me encontrando, sem precisar me desesperar. Não vivo a espera de um amor, vivo para que ele seja manifesto a cada vez que eu falar, vivo sem espera, eu mesmo faço a minha esfera, não quero ninguém para atrapalhar. Que venham os próximos dias e as próximas horas, que eu possa brindar os novos amores, até as minhas antigas dores, que logo serão só lembranças e mais um motivo para sonhar. Que venham os novos amigos e que aos antigos eles possam se juntar. Que venham as novas expectativas e que eu viva o presente sem medo de quando o amanhã chegará.
Brindando cada manhã, vivendo sempre pronta para o despertar, que caiam todas as escamas as quais outrora chegaram a cegar. Que eu enxergue a verdade nua e crua, e ainda sim, tenha forças para continuar. Esses são os dias em que me amo mais, em que uso mais de tudo que eu tenho, que eu vivo um tempo novo, com novos rumos, sem medo de errar.
Ainda que eu ande devagar, tenho aprendido que o importante não é a velocidade, e sim, a direção para qual você decide caminhar. Por isso, digo e insisto, esqueça tudo o que você já viu em mim, este é o tempo e a hora. Dias novos para uma pessoa nova, muita gente vai ficar pra trás, para que os novos possam se achegar.

Novo tempo - Dara Bandeira

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Evocê, o que quer?


Hoje eu quero mais verão, quero mais calor, quero mais beleza, mais vida, mais verde, mais sorrisos largos, gargalhadas intermináveis.Hoje eu quero a Lapa, a Lagoa, quero o centro lotado do Rio, quero Pernambuco, quero visitar amigos da internet, quero conhecer o sul do país, quero ir à Argentina, passear por Cuba, quero visitar toda a América do Sul. Hoje eu quero mais verdade, mais poesia, mais Clarice Lispector. Quero a verdade poetizada de Marcelo Camelo, quero a verdade nua e crua do Cazuza, quero as criticas incutidas na MPB. Quero a alegria de um palhaço, quero o pop, o reggae e o rock. Quero notícia imediata, quero a pureza da mais bela flor. Quero mais professores engraçados, mais trabalhos enrolados, mais estudo, mais de mim, mais do que eu mesma posso oferecer. Ah, eu quero mais encontros casuais, mais amores, menos paixões, mais do amor, menos de dor. Quero mais café, mais energia, mais vida no próprio ato que é o viver. Quero tudo, me quero por inteiro, só quero ser metade, se a outra parte do inteiro for você.

O que eu quero - Dara Bandeira

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Desde sempre, até o sempre.


Nada, querido, eu fiquei sabendo que ela não é da cidade, veio morar aqui tem pouco tempo. Até que ela aparenta ser simpática, né? Fala com todo mundo, ri alto e tem um casaco igual ao da amiga, sorte que elas já apareceram com ele no mesmo dia, caso contrário, iria achar que era um só. Ela tem dois tênis iguais ao meus, vê se pode? Ela tem um humor igual ao meu também e é realmente uma pena não sermos da mesma turma.Vai, não é tão ruim sermos de turmas diferentes, já que eu mato muita aula na turma dela e a encontro em todo intervalo de aula. Eu ganho um abraço apertado, um beijo, ela sobe nas minhas costas e pede para que eu a carregue. Mal sabe ela que a carregada sou eu, eu que me sinto levada, eu que sinto o fardo mais leve, o prazer é quase todo meu. Não sei ao certo quando começou isso tudo, quando vi, ela já fazia parte, já freqüentava a minha casa, eu já a acompanhava nas loucuras de uma cidade perto da minha, eu já dormia abraçada, já tinha visto até a menina bonita chorar. Quando vi eu já era dela, ela já era minha, agora não tinha mais como separar.Passei anos fora da cidade e era doído ter só a lembrança da morena que me ensinou muita coisa, da menina que em um dia era a novata, no outro a indispensável a qual eu fazia questão de agradar. Eu conversava na internet, por vezes ao telefone, eu via meu coração apertar.Mas eu guardei a esperança de que um dia ia ser tudo como no começo, ou quem sabe até melhor, com ela a tendência é sempre melhorar.E hoje, eu vivo tudo isso, hoje eu sou tão feliz, apesar de hoje me faltar a poesia, de hoje eu me perder nas palavras, não saber descrever essas cosias boas que sinto. Mas sei dizer que a amo o suficiente para refazer muitas loucuras, para me entregar a essa amizade sem medo, sem reservas. Sou capaz de viver tudo de novo, se ela estiver comigo.
E aí, será que ela vem? Será que ela topa tornar os meus dias mais coloridos? Será que ela topa me fazer mais feliz do que já sou? Será que ela topa me deixar fazer parte desses dezenove anos que completa hoje? Será que ela espera por mim ?

- Além do parabéns clichê, agradeço por ela me fazer sorrir, às vezes só de recordar.
'Pois amigo é direção, amigo é a base quando falta o chão . '

Thamirys Raposa.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Apreendidas com sucesso.

Passei dias longe das palavras, elas iam até um certo estágio, mas depois voltavam sem ao menos me deixar poetizar. Justificativa?Elas não acharam certo deixar-me usá-las para tão pouco. Disseram que existem sentimentos que ficam externos, mas sem as palavras. Eles se externam por olhares tristes, pelo emudecer da voz, pelo sorriso cansado, pelo corpo carregado , já que a cabeça mesmo, ela, não pode parar. Foi justa essa greve delas para comigo,pois eu estava com sentimentos estranhos, sabe-se lá o que poderia ser delas, se resolvessem me deixar falar . Elas são tão preciosas, tenho medo de perdê-las para sempre, de uma revolta pouco eloqüente, de desaparecerem e me deixarem solitária como um dia eu fui. Elas Voltaram aos poucos, ontem foi apenas uma linha, em dias anteriores nem verbos conseguia encontrar, hoje já tenho um pouco mais, mas me deu uma alegria saber que elas estão de volta, prometi tentar voltar a sorrir, se elas prometerem que não vão mais me deixar.


Palavras fugidas - Dara Bandeira