Hoje é Dia do São Jorge e eu fui acordada por uma
quantidade absurda de fogos, às cinco da manhã. Eu já aceitei que na vida de
jornalista não há feriado, não há fim de semana. O que há é uma vida que é
corrida, uma vida na qual as notícias factuais deixam de ser factuais em
segundos. Eu entendi que mesmo vendo muitos amigos indo viajar para curtir o
feriado, curtir o dia livre, eu terei que trabalhar, e não vai ser raro. Mas
ser acordada às 5 da manhã? Eu não tenho nada contra as manifestações para
homenagear o Santo Guerreiro, nada mesmo. O Brasil precisa mesmo desmistificar
a questão das religiões, seja católica, protestante, candomblé, o budismo. Mas
eu não me contive, sou da geração “@”. Levantei da cama às 5h30 e publiquei
minha indignação por ter sido acordada 2 horas antes do previsto. Tinha mais
gente reclamando, claro. Por fim, se existe mesmo o santo e o dragão do santo,
provavelmente o dragão também acordou enfurecido com tanta manifestação. Ano
que vem quero que seja minha folga e vou a algum lugar onde não seja ritual
comprar a casa de fogos e acordar a vizinhança.
Figura de linguagem.
Há 7 anos
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Ao menos pude lhe fazer pensar, meu caro ?