Bom, terminei, finalmente, de ler 'Amor líquido', do Bauman. Confesso que tenho um tanto de preguiça de relacionamento, de perdão, de entender, de ceder. Confesso que faz tudo sentido quando eu leio sobre a pós-modernidade, mas a vida é real e é aqui e agora. Parece que não temos tempo para amar e sofrer. Tudo é tão rápido, tão líquido. Em termos de Bauman, a fluidez dos tempos modernos não me permite parar e pensar quão importante seria ter um amor. Cá entre nós, soa demodè: ter um amor, como assim? O ideal é ter algo pra contar, um desamor, um flerte qualquer. Amor é pro tempo do meus avós. E mesmo assim eu penso, repenso, trepenso. Eu quero uma possibilidade de amar, ainda que na pós-modernidade. Eu quero algo para cuidar, para me perder, para achar. É louco porque todos nós sabemos como funciona. Mesmo assim, queremos. E eu me pergunto, pra quê? Ai, Bauman, perdão.Somos fraude, em plena pós modernidade.
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Ao menos pude lhe fazer pensar, meu caro ?