quarta-feira, 25 de abril de 2012

Amor líquido

Bom, terminei, finalmente, de ler 'Amor líquido', do Bauman. Confesso que tenho um tanto de preguiça de relacionamento, de perdão, de entender, de ceder. Confesso que faz tudo sentido quando eu leio sobre a pós-modernidade, mas a vida é real e é aqui e agora. Parece que não temos tempo para amar e sofrer. Tudo é tão rápido, tão líquido. Em termos de Bauman, a fluidez dos tempos modernos não me permite parar e pensar quão importante seria ter um amor. Cá entre nós, soa demodè: ter um amor, como assim? O ideal é ter algo pra contar, um desamor, um flerte qualquer. Amor é pro tempo do meus avós. E mesmo assim eu penso, repenso, trepenso. Eu quero uma possibilidade de amar, ainda que na pós-modernidade. Eu quero algo para cuidar, para me perder, para achar. É louco porque todos nós sabemos como funciona. Mesmo assim, queremos. E eu me pergunto, pra quê? Ai, Bauman, perdão.Somos fraude, em plena pós modernidade.

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Ao menos pude lhe fazer pensar, meu caro ?